Podemos estabelecer uma infinidade de funções dessa maneira. Entretanto, muitas vezes, encontramos equações relacionando as variáveis x e y, nas quais a variável y não está escrita como uma função da variável x, como por exemplo:
Na primeira equação, conseguimos facilmente explicitar a variável y escrevendo: y=1-x Na segunda, temos y2=1-x2, ou seja, podemos escrever: ou , isto é, a equação dada fornece duas funções na variável x. Na terceira e quarta equações simplesmente não conseguimos isolar a variável y e, na última, se possível for, certamente não será muito fácil. Assim, dada uma equação envolvendo as variáveis x e y, quando conseguimos isolar a variável y, dizemos que y é uma função de x e podemos naturalmente estudá-la. Entretanto, quando não conseguimos isolar y, dizemos que y é uma função implícita de x, ou que a relação dada define y implicitamente como uma função de x. É talvez surpreendente que possamos calcular a derivada de uma função implícita sem explicitar primeiro a variável y. Com isso, podemos calcular o coeficiente angular da reta tangente à curva, mesmo que ela não represente o gráfico de uma função. Evidentemente, isso só não será possível se essa reta tangente for uma reta vertical, pois nesse caso o coeficiente angular não existirá, pois não existe . No caso, por exemplo, de uma equação polinomial nas variáveis x e y podemos, muitas vezes, desenhar uma curva plana como o conjunto de pontos (x,y) que satisfazem a referida equação. O cálculo da derivada da função implícita y em determinado ponto x0, nos permite encontrar o coeficiente angular da reta tangente à curva no ponto - ou nos pontos - de abscissa x0.
Se , então e, derivando implicitamente, chegamos ao resultado conhecido , para x>0. Usando derivação implícita, sendo , com x>0, encontramos que Usando derivação implícita, sendo y(x)=arcsen x, encontramos que , para . Usando derivação implícita, sendo y(x)=arctg x, encontramos que , para todo . De modo geral, se f é uma função inversível, derivável, com derivada não nula e se sua inversa f-1 é derivável, então . Enfraquecendo as hipóteses da Situação 6, temos uma propriedade mais geral, que é o Teorema da Função Inversa. Teorema da Função Inversa: Seja f inversível com inversa f-1. Se f for derivável em com , e se f-1 for contínua em y0, então será derivável em y0, com .
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