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Isaac Newton, Sir (1642-1727)
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Newton nasceu
no dia 25 de dezembro de 1642 em Woolsthorpe, Lincolnshire - no
interior da Inglaterra, próximo a Cambridge. Herdou o nome
de seu pai, falecido em outubro de 1642, três meses antes
de seu nascimento. Newton nasceu tão prematuro que sua mãe
temeu que ele não passasse daquele dia. Seu corpo miúdo
caberia numa panela de um litro. Mas ao contrário das aparências,
ele viveria até seus 84 anos, tempo suficiente para realizar
uma das maiores produções científicas de que
se tem conhecimento.
Embora a família
de Isaac tivesse terras e criasse animais, o que fazia dos Newton
um famíla de razoável poder aquisitivo, seu pai não
tinha educação e mal conseguia assinar o próprio
nome. Newton teve uma infância simples e sofrida. Aos dois
anos de idade sua mãe casou-se com um pastor e mudou-se para
North Witham. Isaac foi deixado com sua avó, onde era praticamente
tratado como órfão. Morou longe da mãe por
um bom tempo, até os dez anos de idade quando ela ficou viúva
mais uma vez e voltou para Woolsthorpe com três novos filhos.
Isaac morou com seus irmãos e sua mãe por dois anos
e, em seguida, sua mãe o mandou para uma escola de Gramática
em Grantham.
Os seus primeiros
anos de escola não revelaram nenhum dom especial mas o futuro
que o aguardava iria mudar completamente a sua vida. Newton formou-se
na Universidade de Cambridge em janeiro de 1665 e a partir daí
desenvolveu uma vida repleta de descobertas científicas que
mudariam para sempre a História da Ciência. Num período
de aproximadamente dois anos, Newton haveria de progredir de maneira
revolucionária em Matemática, Física, Óptica
e Astronomia.
Em fevereiro
de 1665 desenvolveu o Teorema do Binômio que proporcionou
uma nova e eficaz maneira de calcular logaritmos com exatidão
e trabalhar com números de muitas casas decimais. Em maio
desse mesmo ano, Newton teve um insight enquanto observava o movimento
de um planeta: acabara de perceber que os planetas se movem de modo
que em cada ponto a direção da velocidade é
a mesma que a da reta tangente à trajetória naquele
ponto. Assim, várias pequenas tangentes poderiam localmente
descrever o movimento dos planetas.
A descoberta
seguinte seria conseqüência das tangentes e Newton
a batizou de fluxões, conhecido hoje como o Cálculo
Diferencial. Newton percebeu logo em seguida que a integração
de uma função era simplesmente a operação
inversa da diferenciação. Essa descoberta levaria
ao Cálculo Integral e está intimamente relacionada
com o hoje em dia denominado Teorema
Fundamental do Cálculo.
Newton desenvolveu
métodos analíticos unindo técnicas matemáticas
já conhecidas, o que tornou possível a resolução
de problemas de diversos tipos, como o de encontrar áreas,
tangentes e comprimentos de curvas assim como máximos e mínimos
de funções. Todas essas descobertas foram feitas anos
antes que Leibniz,
de forma independente, viesse a desenvolver o Cálculo Diferencial.
Recusou-se durante muito tempo a divulgar suas descobertas e foi
Leibniz quem primeiro publicou. Isto gerou uma disputa muito grande
entre os dois matemáticos, sobre quem teria realmente inventado
o Cálculo. Apesar de Newton ter desenvolvido antes de Leibniz
a notação e a maneira de calcular derivadas, aquela
que prevaleceu foi a de Leibniz que mostrou-se muito mais simples
e conveniente.
Newton tinha
uma habilidade invejável com as mãos e construía
seus próprios instrumentos. Construiu suas lentes, telescópios
e todo o tipo de aparato que lhe pudesse ser útil. Seguindo
o exemplo de Galileo,
Newton pôs em prática inúmeros experimentos.
Em 1670, provou que a luz era feita de uma mistura de raios diferentes
ao fazer passar por um prisma a luz solar, o que gerou um espectro
de cores. Em 1704 publicou Opticks,
um tratado sobre a natureza da luz e fenômenos ópticos.
Influenciado
por Galileo e também por Kepler,
Newton pesquisou sobre o movimento dos planetas durante muitos anos.
Diz-se que um certo dia, enquanto refletia sobre esses assuntos
embaixo de uma macieira, uma maça cai exatamente em cima
de sua cabeça e ele teve um estalo que deu origem ao seu
maior feito em Física que culminaria na Teoria da Gravitação
Universal. Essa teoria, assim como a mecânica do movimento
- espaço, velocidade, aceleração, força,
momento, etc. - foi desenvolvida graças ao Cálculo
Diferencial e Integral que permitiu que várias grandezas
físicas se relacionassem entre si de maneira coerente, tornando
o desenvolvimento da Mecânica muito frutífero.
As leis físicas
que Newton descreveu eram de tal importância para a Astronomia
que Halley
- importante astrônomo real e amigo de Newton - convenceu-o
a finalmente publicar um enorme tratado de Mecânica que deu
origem ao que é considerado o maior livro científico
jamais escrito: Philosophiae naturalis principia mathematica,
ou simplesmente Principia,
em 1687, produzido em apenas 7 meses.
Apesar da grande
dedicação científica, Newton também
desenvolveu estudos religiosos e metafísicos durante boa
parte de sua vida; entretanto pouco chegou aos dias de hoje. Ao
longo de sua vida Newton recebeu muitos méritos, entre eles
destacam-se a de Fellow of the Royal Society - maior
distinção científica na Inglaterra - e a de
Professor Lucasiano de Matemática em Cambridge, posto
hoje ocupado pelo físico Stephen Hawking. Ele foi
o primeiro cientista da história a receber o título
de Knight - Cavaleiro - em 1705, concedido pela Rainha Anne.
As contribuições
de Newton para a ciência são incontáveis e de
altíssima envergadura. Ele é considerado ainda hoje,
por muitos matemáticos e físicos, o maior cientista
de todos os tempos. É praticamente impossível estudar
Física ou Cálculo sem citar seu nome.
Newton foi sepultado
na Abadia de Westminster, Londres. Sobre seu túmulo foi inscrito
em Latim o seguinte epitáfio: "Que os mortais se regozijem
por ter existido tamanho ornamento da raça humana".
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