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Pierre
de Fermat (1601-1665) |
Matemático
francês, Pierre Fermat passou parte de sua vida como conselheiro
do parlamento de Toulouse. Em 1631 era advogado e oficial do governo.
Foi, nessa data, obrigado a mudar seu nome de Pierre Fermat para Pierre
de Fermat.
A matemática
moderna tem início com cinco notáveis contribuições
do século XVII:
a geometria analítica de Fermat (1629)
e Descartes
(1637);
cálculo infinitesimal de Newton
e Leibniz;
análise combinatória (1654),
particularmente com os trabalhos de Fermat e Pascal,
que delineiam o cálculo de probabilidade;
a aritmética superior, de Fermat (1630-1665);
a dinâmica de Galileo(1612)
e Newton (1666-1684) e a gravitação universal de Newton
(1684-1687);
Na geometria analítica,
Fermat mostra, em 1629, a equação geral da reta, circunferência
e de algumas cônicas. Em 1639 divulga um novo método para
determinação de tangentes, estudo que levaria aos máximos
e mínimos. Formula também o princípio do tempo mínimo
no campo da óptica.
Fermat se sobressai, ainda, no terreno do cálculo de probabilidades.
O campo predileto de estudos de Fermat, porém, é o da teoria
dos números, na qual se consagra. Fermat dá considerável
impulso à aritmética superior moderna exercendo, assim,
grande influência sobre o desenvolvimento da álgebra.
O teorema mais famoso
de Fermat, que tornou-se histórico, é o chamado "Último
Teorema de Fermat": ele afirmou que não existem valores inteiros
para x, y e z que satisfaçam , n inteiro e maior que 2. Sobre a
demonstração desse teorema, Fermat escreveu à margem
de um exemplar da edição preparada por Meziriac
(1581-1638) das obras do matemático grego, Diofanto
(século III DC):
- "Encontrei uma demonstração verdadeiramente admirável,
mas a margem é muito pequena para apresentá-la."
Muito tempo se passou até que esse teorema tenha sido demonstrado,
o que só ocorreu na última década do século
XX. Notáveis matemáticos que sucederam Fermat tentaram demonstrar
tal teorema, tais como Euler,
Legendre,
Dirichlet,
Gauss,
Sophie,
Cauchy,
e outros. O próprio Fermat provou que o teorema é verdadeiro
para n=4. Depois dele, Euler, Legendre e Dirichlet provaram que o teorema
também se verifica para n=3, n=5 e n=14, respectivamente. De todas
as aplicações do teorema de Fermat, a mais engenhosa foi
a que deu origem aos números ideais, notável criação
de Kummer.
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