Diofanto de Alexandria (~200 - ~284)

Pouco se sabe sobre a vida deste matemático que é considerado o maior algebrista grego. Houve muito debate a respeito do período em que viveu e os detalhes que existem sobre sua vida podem ser fictícios. A maioria dos historiadores tende a situá-lo no século III de nossa era.

Fato é que Diofanto viveu oitenta e quatro anos, casou-se aos vinte e seis anos e teve um filho que morreu com quarenta e dois anos. Essas informações se encontram em um problema contido numa coleção denominada "Antologia Grega", escrita por volta do século V.

A obra de Diofanto não se assemelha à álgebra geométrica de Euclides e nem forma uma base para a álgebra elementar moderna. Seu conteúdo está mais relacionado com a teoria dos números e não com a álgebra elementar, o que levaria a crer que o título de pai da álgebra não fosse adequado. Por outro lado, em termos de notação, seu uso sistemático de abreviações para potências de número e para relações e operações faz com que o título seja realmente adequado.

Sua principal obra é a Arithmetica, tratado originalmente escrito em treze livros dos quais só foram preservados os seis primeiros. Essa obra não é uma exposição sobre as operações algébricas ou as funções algébricas, mas uma coleção de 130 problemas, dos quais não se sabe os que eram originais e os que eram emprestados de outras coleções.

Diofanto é o pioneiro na solução das equações justamente chamadas de diofantinas. Esse tipo de equação, ao ser aplicada pelos matemáticos modernos à análise dos números inteiros, produziu um grande desenvolvimento da teoria dos números. Em particular, Fermat foi levado ao seu "grande" ou "último" teorema quando procurou generalizar um problema que tinha lido na Arithmetica de Diofanto: dividir um quadrado dado em dois outros quadrados.