Importações e exportações brasileiras no Mercosul 

Vejamos os dois gráficos abaixo retirados de uma reportagem do caderno de Economia do jornal O Estado de São Paulo. O gráfico principal é de colunas indicando, ano a ano, os valores das exportações e importações brasileiras em milhões de dólares. A partir dos valores obtidos nesse gráfico, foi construído um outro gráfico, intitulado Saldo do País. Para a construção dele, basta considerar, em cada ano, a diferença entre o valor das exportações e o valor das importações. É aqui que entra o conceito de déficit de um país, que é o montante que falta para as exportações igualarem o montante das importações e o conceito de superávit que é o que falta para as importações se igualarem às exportações.

 


O Estado de São Paulo (2001). Mercosul chega aos dez anos em crise rotineira.
São Paulo, 25 de março, p.8, Caderno B - Economia e Negócios.

Em outras palavras, temos um déficit quando as importações são maiores que as exportações, o que ocorreu em 1990, de 1995 à 1998 e em 2000. E temos um superávit quando as exportações são maiores que as importações, o que ocorreu de 1991 à 1994 e em 1999. Essas informações podem ser facilmente visualizadas através do gráfico menor – Saldo do País.

Porém, conforme dissemos, para o cálculo do saldo, estamos fazendo a diferença entre o valor da exportação e o da importação. Isso deve ser feito para cada ano do gráfico maior. Assim, na construção do gráfico de saldos, obtemos, na verdade, um gráfico de dispersão, isto é de pontos, pois temos os dados apenas num conjunto discreto. Para efeitos de melhor visualização, esses pontos foram unidos através de segmentos de retas. De fato, a transição dos valores de importação e exportação de um ano para outro é algo contínuo, porém, não sabemos se essa transformação muda conforme o gráfico, ou seja, linearmente. Dessa forma, a união dos pontos, tornando o gráfico de Saldos uma função contínua, é, mais uma vez, uma aproximação da realidade, efetuada para permitir uma visualização rápida.