Consideremos y=f(x)=x2. O coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de f no ponto (1,1) é 2.



Consideremos agora y=f(x)=x3. O coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de f no ponto (-1,-1) é 3.



Vamos considerar a situação geral, para chegar a uma conclusão também geral.

A taxa de variação média de uma função num intervalo [x0,x0+Dx] contido em seu domínio, é o quociente . Geometricamente, o significado desse quociente, como podemos ver na figura, é o coeficiente angular da reta que passa pelos pontos (x0,f(x0)) e (x0+Dx, f(x0+Dx)). Uma vez que esses dois pontos pertencem ao gráfico da função, dizemos que essa reta é secante ao gráfico. Observemos que o coeficiente angular da reta é a tangente trigonométrica do ângulo - medido no sentido anti-horário - que a reta forma com o eixo horizontal.

 

Quando fazemos Dx®0, a reta secante genérica tende à posição limite de reta tangente ao gráfico de f no ponto (x0, f(x0)) e o quociente tende ao coeficiente angular da reta em sua posição limite.

Dessa maneira, dizemos que, se existe e é finito o limite,

ele é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de y=f(x) no ponto de abscissa x0, isto é, (x0, f(x0)) é o ponto de tangência.
Chamando q o ângulo que a reta tangente forma com o eixo horizontal, medido no sentido anti-horário, temos:


Finalmente, como a equação da reta que passa por um ponto (x0,y0) e tem coeficiente angular m é dada por

podemos, através da taxa de variação instantânea da função num ponto de seu domínio, obter a equação da reta tangente ao gráfico da função no ponto (x0, f(x0)), que é, portanto: